A terceira manhã no Congresso de Jovens Shalom (CJS), que terminou neste domingo (20) em Salvador, foi marcada pela presença do fundador da Comunidade Shalom, Moysés Azevedo, que pregou sobre a pureza, partindo da reflexão do tema do encontro que nesse ano é “Felizes os puros de coração porque verão a Deus”.
Moysés iniciou a pregação questionando os jovens sobre o que é a castidade. Citando a frase do Papa Francisco sobre a definição de puro, ele explica que puro significa algo limpo, claro e livre. E a partir disso, pode-se dizer que a castidade é, em primeiro lugar, transparência e, em segundo lugar, liberdade.
“O oposto da transparência é a opacidade. Uma pessoa que não é transparente, vai se relacionando com os outros e com Deus a partir dos próprios interesses, desejos e satisfações”, afirma o fundador.
Segundo Moysés, a pessoa que não é transparente, não tem coragem de rasgar-se e nem de viver a verdade. E acaba instrumentalizando o outro para alimentar as próprias carências. “A ausência de transparência impede também a relação com Deus”, enfatiza.
O pregador exorta os jovens a não terem medo da verdade sobre si, não para serem escravo dela, mas para serem livre. Ele explica que um coração escravo dos desejos, da autossuficiência e de ressentimentos, terá sempre relações escravizantes, pois essas relações serão pautadas por esses sentimentos.
As paixões desordenadas são uma tirania, e só Deus pode nos livrar dessa tirania. Porém, é necessário nos decidirmos pela liberdade. “A castidade é uma virtude unificadora, afeta você por inteiro. Não há nada que aconteça no corpo que não afete a alma, precisamos vigiar como quem vigia uma casa”, comenta.
Por fim, o fundador conduziu um breve momento de oração, confiando todos os jovens nas mãos de Maria, que foi toda pura, para que ela ajude a alcançar a graça da castidade.
Tâmara Carvalho