L’Osservatore Romano
«Parece que cada cidade, até aquela que dá a impressão de ser mais florida e ordenada, tem a capacidade de gerar em si uma obscura “anticidade”»: na manhã de 7 de Fevereiro, recebendo os membros do Pontifício conselho para os leigos, Francisco meditou sobre o tema da assembleia plenária, recém-concluída.

«Diante destes cenários tristes — disse — devemos recordar sempre que Deus não abandonou a cidade, mas habita na cidade».
«O fenómeno do urbanismo – ressaltou o Pontífice – já assumiu dimensões globais: mais de metade dos habitantes do planeta vive nas cidades. E o contexto urbano tem um impacto forte sobre a mentalidade, a cultura, os estilos de vida, os relacionamentos interpessoais e a religiosidade das pessoas. Em tal contexto, tão diversificado e complexo, a Igreja não é mais a única “promotora de sentido” e os cristãos devem absorver “linguagens, símbolos, mensagens e paradigmas que oferecem novas orientações de vida, não raro em oposição ao Evangelho”. As cidades apresentam grandes oportunidades e riscos: podem ser magníficos espaços de liberdade e realização humana, mas também terríveis espaços de desumanização e infelicidade».